Chefe do PCC envolvido na morte de policial civil é preso em festa no litoral de SP
11/08/2025
(Foto: Reprodução) José Paulo dos Santos Neto (à esq.) foi preso por envolvimento na morte do chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia, Marcelo Gonçalves Cassola (à dir.)
Redes Sociais e Reprodução
José Paulo dos Santos Neto, conhecido como Chininha, foi preso durante uma festa em Santos, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1 nesta segunda-feira (11), o homem é apontado pela Polícia Civil como um dos chefes da organização criminosa que determinou a execução de Marcelo Gonçalves Cassola, que trabalhava no setor de identificação da corporação.
Chininha é a oitava pessoa detida por suspeita de participar do assassinato que aconteceu em agosto de 2022. De acordo com a Polícia Civil, outros quatro envolvidos no crime morreram durante confrontos com policiais civis e militares. Um homem segue foragido.
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Policiais da Delegacia de Homicídios de Santos realizavam o monitoramento de Chininha desde o começo do ano. Os agentes descobriram que o suspeito estava em uma festa no bairro Santa Maria, no domingo (10), por meio das redes sociais da namorada dele.
Uma equipe ficou em campana nas proximidades do evento e avistou Chininha entrando na festa. Em determinado momento, os policiais civis pediram ajuda a viaturas do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), que passavam pelo local durante um patrulhamento ostensivo.
Os policiais civis e militares abordaram todas as pessoas que estavam na festa e conseguiram identificar Chininha, que estava sem documentos. Conforme informado pela corporação, ele tentou fugir após ser informado sobre o mandado de prisão temporária expedido.
A Polícia Civil afirmou que houve a necessidade do uso de força moderada para conter o suspeito, que estava "investindo fisicamente contra os policiais".
Crime
Corpo de homem com corda enrolada em mãos encontrado em Santos (SP) foi identificado como de Marcelo Cassola
g1 Santos
O corpo de Marcelo Cassola foi encontrado na noite de 22 de agosto de 2022, perfurado por tiros e com uma corda entre as mãos e as pernas [não estavam amarradas], em uma ciclofaixa, no bairro da Caneleira, em Santos.
Conforme a polícia, ele havia sido atingido por ao menos 30 tiros, sendo alguns de fuzil e outros de arma 9 mm. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local.
Os funcionários da 3ª Delegacia da Divisão Homicídios (Deic) estiveram no local e acionaram a perícia, que recolheu os projéteis achados ao lado do corpo. O caso também havia sido registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Marcelo Cassola
Marcelo Gonçalves Cassola era diretor do Sindicato dos Policiais Civis da Baixada Santista e chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia. Este setor é responsável, entre outras coisas, pelo registro da Carteira de Identidade e por emitir atestados de antecedentes criminais.
Relembre a prisão de outro suspeito de envolvimento no crime:
Suspeito de participar da morte de Marcelo Cassola é preso em Santos
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