COP30: 1ª comissão do Pantanal defende proteção das áreas úmidas contra impactos climáticos

  • 19/11/2025
(Foto: Reprodução)
COP30: 1ª comissão do Pantanal busca discutir áreas úmidas no debate climático Pela primeira vez na história das conferências do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), o Pantanal participa da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30) com uma comissão própria. A delegação pretende colocar as áreas úmidas no centro das negociações internacionais. Segundo pesquisadores, o bioma é essencial para estabilizar o clima. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Pesquisadores, ambientalistas e especialistas que representam o Pantanal na COP30 levaram pautas específicas para a conferência. Na participação considerada histórica, os representantes querem debater: 💦Destacar a importância das áreas úmidas para a agenda climática; 📚Criação de mecanismos de defesa e proteção às áreas úmidas; 🌎Reconhecimento do Pantanal ao nível global. Delegação do Pantanal na COP30 quer a inclusão da proteção de áreas úmidas no debate climático Por que essa é uma participação inédita do Pantanal? A bióloga e ativista ambiental Luciana Leite explica que esta é a primeira delegação oficial do Pantanal em uma COP desde o início das conferências, nos anos 1990. Junto de outros pesquisadores e ambientalistas, ela está em Belém desde o começo do mês na missão de espalhar as discussões sobre o bioma que está presente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. “Percebemos que o Pantanal teria, pela primeira vez, uma representação muito expressiva numa COP do Clima. Fizemos um levantamento das instituições presentes e criamos essa identidade visual, oficializando a primeira delegação do Pantanal na história das COPs”, afirma. A presença é simbólica e estratégica: o Pantanal é a maior planície alagável do planeta, mas sempre ficou à margem dos debates globais que costumam girar em torno de florestas tropicais, como a Amazônia, segundo Luciana. Qual é a principal agenda da comissão do Pantanal? A comitiva quer incluir as áreas úmidas nas discussões centrais da COP30. A ideia é que esses ecossistemas sejam reconhecidos pelos acordos climáticos da mesma forma que as florestas já são hoje. O biólogo e representante da Organização Não Governamental (ONG) SOS Pantanal, Gustavo Figueirôa, sintetiza: “Áreas úmidas ocupam 6% da superfície terrestre, mas armazenam a mesma quantidade de carbono que todas as florestas juntas. E estão desaparecendo três vezes mais rápido. Não tem como falar de adaptação e mitigação sem incluir áreas úmidas.” O grupo levou para a COP uma carta elaborada pela Iniciativa Global de Florestas (IGF), assinada pelo SOS Pantanal e por mais 150 organizações. O documento pede os seguintes tópicos: Reconhecimento global das áreas úmidas, Inclusão do Pantanal em mecanismos de proteção e financiamento, A criação de uma aliança mundial pelas áreas úmidas. Como o Pantanal vai encontrar espaço para debate em uma COP realizada na Amazônia? Os especialistas reconhecem o desafio para encontrar espaços de debate sobre o Pantanal no evento. A COP30 é sediada em Belém e está fortemente voltada à Amazônia tema que costuma dominar os acordos climáticos. Para Figueirôa, a estratégia entre os integrantes da comitiva é mostrar que o Pantanal também é peça-chave no sistema climático. “Para falar de Pantanal dentro da Amazônia, tivemos que trazer a narrativa de que o Pantanal é uma área úmida. Viemos com essa narrativa da importância das áreas úmidas na regulação climática.” Luciana destaca que a equipe tem buscado “brechas” nas negociações e instrumentos discutidos. “É um trabalho desafiador. Em cada tema, tentamos encontrar como incluir a agenda do Pantanal e de outras áreas úmidas de povos indígenas à restauração ambiental. Sem Pantanal não há clima”, resume Luciana. Quais atividades a comissão vai realizar durante a COP? A comitiva vai marcar presença em vários eventos e participa de forma técnica e em mobilizações, segundo Gustavo e Luciana. A fim de impulsionar a discussão sobre o bioma, os integrantes vão se dividir em: Painéis oficiais na Zona Azul; Exibição de documentários e shows beneficentes; Eventos paralelos e culturais; Articulações com delegações estrangeiras. Quais temas do Pantanal estão ligados diretamente ao clima? Entre as propostas apresentadas pelos representantes do Pantanal na COP30, estão ações para enfrentar os principais desafios ambientais da região. A comitiva defende medidas como o combate a incêndios e à seca prolongada, além da restauração de áreas degradadas. Outro ponto central é a proteção das terras indígenas, consideradas importantes estoques de carbono para o equilíbrio climático. O grupo também alerta para a necessidade de monitorar projetos de infraestrutura, como a hidrovia Paraguai-Paraná, que pode agravar períodos de seca e aumentar o risco de incêndios. Por fim, os representantes querem garantir a inclusão das áreas úmidas nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e nos planos setoriais de adaptação, reforçando o papel do Pantanal nas estratégias globais contra as mudanças climáticas. A comitiva quer um reconhecimento formal sobre a importância das áreas úmidas. “Nosso grande sonho é sair desta COP com um acordo mundial pelas áreas úmidas”, diz Figueirôa. Serra do Amolar. TV Morena Veja vídeos de Mato Grosso do Sul:

FONTE: https://g1.globo.com/ms/mato-grosso-do-sul/noticia/2025/11/19/cop30-1a-comissao-do-pantanal-defende-protecao-das-areas-umidas-contra-impactos-climaticos.ghtml


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