Entidades denunciam à ONU risco de rompimento da Usina Hidrelétrica de Colíder (MT)

  • 08/11/2025
(Foto: Reprodução)
Eletrobras começou a instalar sistema de sirenes fixas na UHE de Colíder Quatro entidades civis denunciaram à Organização das Nações Unidas (ONU) o risco de rompimento da barragem Usina Hidrelétrica Colider, localizada no Rio Teles Pires, em Itaúba, a 599 km de Cuiabá. O pedido vem no momento em que a usina vem reforçando as medidas de segurança desde que o Ministério Público do estado (MP-MT) apontou inúmeras falhas estruturais no sistema de drenagem. O MP chegou a recomendar a desativação da barragem, caso não tenha outra alternativa. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp Ao g1, a Axia, ex-Eletrobras e atual detentora da usina, disse que vem "adotando todas as medidas necessárias para garantir a segurança das pessoas, do meio ambiente e do empreendimento." A empresa destacou ainda que adquiriu a usina em maio deste ano e que "segue trabalhando com o objetivo de restabelecer a usina a seu estado normal o mais rapidamente possível." A denúncia foi protocolada no departamento de Direitos Humanos à Água Potável e Saneamento da ONU. O g1 procurou o deparmento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. No documento, as entidades destacam que o Rio Teles Pires é um dos mais impactados por hidrelétricas na Amazônia. "Em menos de uma década, quatro grandes usinas (Sinop, Colíder, Teles Pires e São Manoel) foram instaladas, convertendo corredeiras e cachoeiras em uma sequência de reservatórios. Em nome de um suposto progresso energético, consolidou-se um rastro de impactos sociais e ambientais denunciado há anos", diz trecho do documento. A denúncia pede ao relator da ONU máxima urgência para as "violações de direitos humanos em curso e para o risco iminente de um desastre de proporções catastróficas, requerendo a adoção de medidas imediatas para garantir a segurança das populações e a responsabilização dos agentes envolvidos." As entidades elencaram cinco tópicos ao relator: Recomende ao estado brasileiro a desativação imediata das operações da UHE Colíder, em consonância com a ação cautelar movida pelo Ministério Público de Mato Grosso, até que a segurança da estrutura seja garantida por uma auditoria independente e a reparação integral dos danos socioambientais seja assegurada. Exija a elaboração e a implementação de um Plano de Descomissionamento para a UHE Colíder, que prevê a desativação segura da usina, com ampla participação das comunidades atingidas, garantindo a reparação dos danos e a recuperação socioambiental da bacia do rio Teles Pires. Cobre do estado brasileiro a criação e o fortalecimento de canais de comunicação acessíveis, bem como a implantação de sistemas de alerta e planos de evacuação eficazes para as comunidades que vivem abaixo do reservatório da UHE Colíder. Recomende a revisão das licenças de operação de todo o complexo hidrelétrico do Teles Pires, condicionando sua continuidade à realização de uma Avaliação Ambiental Integrada e à garantia do direito à consulta e ao consentimento livre, prévio e informado dos povos indígenas e comunidades atingidas pelas barragens e a instalação de um comitê independente para identificação dos impactos sinérgicos e cumulativos ao longo das áreas de influência direta e indireta das quatro hidrelétricas. Cobre também, que o estado brasileiro adote medidas urgentes para a reparação dos danos causados aos povos indígenas, incluindo a demarcação e proteção efetiva de seus territórios, a proteção de seus locais sagrados e a garantia de sua segurança alimentar e cultural. O documento é assinado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens de Mato Grosso (MAB/MT), o Instituto Coletivo Proteja e a Associação Indígena DACE, do povo Munduruku que vive no baixo rio Teles Pires, e o Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso (Formad). LEIA MAIS Eletrobras instala sirenes fixas perto da Usina de Colíder (MT) para reforçar segurança após risco de rompimento 'Não tem mais água': morador mostra porto seco após Usina de Colíder (MT) reduzir nível do reservatório; veja vídeo MPF pede medidas de segurança e redução de impactos ambientais em hidrelétricas do rio Teles Pires em MT Eletrobras faz reparos no subsolo da Usina de Colíder (MT) após MP apontar falhas críticas na estrutura Entidades denunciam à ONU risco de rompimento da Usina Hidrelétrica de Colíder (MT) Copel A Usina Localizada no Rio Teles Pires, a usina tem potência de 300 megawhatts e reservatório de 168,2 km² de área total e 94 km de comprimento. Em operação desde 2019, ela abrange os municípios de Cláudia, Colíder, Itaúba e Nova Canaã do Norte. No estado, há 142 usinas hidrelétricas em operação, entre pequenas, médias e grandes; e suas barragens. Responsável pela construção da Usina de Colíder entre 2011 e 2019, a Copel Geração e Transmissão transferiu a gestão para a Eletrobras, em maio deste ano. Na ocasião, a Copel deu como contrapartida a usina e um pagamento de R$ 196,6 milhões após ajustes previstos no contrato, como o recebimento de dividendos de Mata de Santa Genebra Transmissão (MSG). Já a Eletrobras, na troca de ativos, cedeu a MSG e a Usina de Mauá. Conforme mostra a imagem abaixo. Contudo, a Usina de Colíder representa 0,5% do ativo total da Eletrobras, segundo comunicado ao mercado financeiro. Documento mostra troca de ativos entre Copel e Eletrobras Fato relevante

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2025/11/08/entidades-denunciam-a-onu-risco-de-rompimento-da-usina-hidreletrica-de-colider-mt.ghtml


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