Família denuncia morte de jovem de 28 anos após cirurgia plástica em clínica de SP

  • 07/11/2025
(Foto: Reprodução)
Família afirma que jovem morreu depois de cirugia em clínica da capital Uma família de Aparecida, no interior de São Paulo, acusa a clínica de cirurgia plástica Dr. Plástica, localizada na região da Bela Vista, Centro da capital, pela morte de Larissa Rodrigues da Silva, de 28 anos. A jovem morreu poucos dias depois de passar por um procedimento estético no local. “A Larissa era uma menina incrível, sabe? Dócil, carinhosa. Ela tinha dois filhos pequenos, o Augusto e o Henrique, de 5 e 8 anos. Era muito querida, tinha um salão de beleza e muitos clientes. Ela estava lutando nesse sonho de tirar a barriguinha. Vendeu o carro, pegou dinheiro emprestado de uma amiga e perdeu a vida”, contou a prima da jovem, Priscila Cristina da Silva Na quinta-feira (6), o SP2 mostrou o caso de outras pacientes que procuraram a polícia para registrar queixas contra a mesma clínica. Elas afirmam ter sofrido complicações após cirurgias ou que pagaram por procedimentos que não foram realizados (veja mais abaixo). A clínica Dr. Plástica tem como responsável Herbert Gauss Jr., que teve o registro médico cassado em novembro do ano passado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Larissa Rodrigues da Silva, de 28 anos Reprodução/TV Globo Segundo Priscila, Larissa pagou R$ 12 mil para fazer uma cirurgia no abdômen e retirar uma hérnia umbilical em agosto do ano passado. Na época, o responsável pelo local, Herbert Gauss Júnior, ainda podia atuar como médico. No entanto, ao chegar ao hospital em janeiro deste ano, Larissa foi informada de que não seria atendida por ele. “A Larissa me contou que quem fez a cirurgia foi a Maria Lúcia e a filha dela, porque o doutor naquele momento estava doente. Foi o que passaram pra ela, que ele estava doente”, disse Priscila. Após o procedimento, Larissa passou 15 dias com dores intensas até sofrer uma parada cardíaca. Ela morreu, deixando dois filhos pequenos. No atestado de óbito, a causa da morte está associada ao pós-operatório de dermolipectomia — cirurgia plástica para remover excesso de gordura. “Uns 15 dias depois que ela operou, ela chorava muito de dor, muito. Eu falava para ela entrar em contato com a clínica, porque tinha que ter amparo. Ela dizia: ‘Ah, não tô aguentando de dor, nem Tramal [analgésico] está passando’. Aí disseram para ela voltar em quatro dias que iam atender”, relatou a prima. A família registrou boletim de ocorrência. Segundo eles, Larissa não sabia que, em janeiro de 2025, Herbert Gauss Júnior já não podia mais exercer a profissão após o registro ter sido cassado dois meses antes. Também afirmam que desconheciam que a esposa de Herbert, Maria Lúcia Fontoura Gauss, embora seja médica, não tem especialização em cirurgia plástica registrada no Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Família denuncia morte de jovem de 28 anos após cirurgia em clínica de São Paulo Reprodução/TV Globo Outra paciente que passou pela clínica é Camila Ferreira Rocha, técnica em enfermagem, que diz ter gastado R$ 17 mil para fazer três cirurgias e realizado apenas uma. “Ele [Herbert] estava atendendo normalmente. Me deu até uma guia para eu poder fazer os exames para realizar a cirurgia novamente. Lá ele tinha a sala dele e recebia as meninas normalmente no consultório”, contou. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o hospital onde Camila fez o procedimento não possui licença de funcionamento. Herbert Gauss é investigado pela Polícia Civil desde setembro deste ano por exercício ilegal da profissão, a pedido do Cremesp. “Os relatos são bem tristes. Tem meninas que só choram, é muito triste o que ele fez”, disse Camila. Em nota, a direção da clínica Doutor Plástica afirmou que “sente profundamente” a morte de Larissa, mas que “em nenhum momento foi procurada para prestar esclarecimentos” e que “não teve acesso ao laudo médico”, por isso não poderia se manifestar. A defesa de Herbert Gauss Júnior declarou que, após a cassação da licença médica, ele “se manteve trabalhando apenas na área administrativa da clínica”. No entanto, o pedido de exame de uma das pacientes, datado de abril deste ano, foi assinado e carimbado por Herbert Gauss Júnior — que desde novembro do ano passado não pode mais atuar como médico. Outras denúncias Pacientes denunciam clínica de cirurgia plástica na capital Pacientes de uma clínica de cirurgia plástica que funciona na região da Bela Vista, no Centro de São Paulo, procuraram a polícia após relatarem problemas e prejuízos em procedimentos estéticos. Segundo as vítimas, houve erros médicos, falta de suporte no pós-operatório e cirurgias pagas que não chegaram a ser realizadas. Uma promotora de eventos conta que pagou cerca de R$ 18 mil para fazer quatro procedimentos e, insatisfeita com o resultado, foi informada de que precisaria desembolsar mais dinheiro para refazer parte da cirurgia. Ela afirma que acabou gastando mais R$ 3,5 mil, mas o procedimento prometido não foi entregue. Outra paciente relatou que fez um procedimento em 2023 e desenvolveu uma inflamação grave, com risco de perder a mama direita. Segundo ela, depois da complicação, a equipe não ofereceu suporte adequado. Pacientes denunciam problemas em clínica de cirurgia plástica de SP Reprodução/TV Globo A prefeitura afirma ainda que o local, na Rua Cincinato Braga, não possui licença para funcionamento. Citada por vítimas, a médica Maria Lúcia Fontoura Gauss, esposa de Herbert, não é especialista em cirurgia plástica, segundo o Cremesp. Pelo conselho, médicos podem realizar procedimentos, mas não podem se apresentar como especialistas sem formação específica. De acordo com a polícia, pelo menos 12 pacientes já registraram boletim de ocorrência contra a clínica. O Cremesp reforça que quem pretende realizar cirurgias estéticas ou dermatológicas deve checar previamente o registro do médico e verificar se ele é filiado às sociedades reconhecidas dessas especialidades. Em nota, a defesa da clínica Dr. Plástica afirmou que todas as cirurgias foram feitas em hospitais licenciados e que pacientes que precisarem de retorno receberão suporte. Sobre devoluções de valores, disse que os casos serão analisados individualmente e que o ressarcimento será feito de forma parcelada a partir do ano que vem. A clínica ressaltou ainda que Herbert Gauss não realiza atendimentos desde que teve o registro cassado.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/07/familia-denuncia-morte-de-jovem-de-28-anos-apos-cirurgia-em-clinica-de-sp.ghtml


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