Grupo criminoso da China movimenta mais de R$ 1 bilhão com golpe do falso investimento no Brasil; veja detalhes
03/09/2025
(Foto: Reprodução) Grupo criminoso da China movimenta mais de R$ 1 bilhão com golpe do falso investimento
A Polícia Civil do Distrito Federal investiga um grupo criminoso da China que movimentou mais de R$ 1 bilhão com o golpe do falso investimento no Brasil.
Na manhã desta quarta-feira (3), duas pessoas foram presas.
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Apenas uma vítima do Distrito Federal teve um prejuízo superior a R$ 220 mil.
As prisões aconteceram durante uma operação da polícia do DF, que cumpre mandados nas cidades de São Paulo (SP), Guarujá (SP), Boa Vista (RR), Curitiba (PR), Dourados (MS) e Entre Rios (BA).
Além dos mandados de prisão, há 21 mandados de busca e apreensão.
Como era o golpe
Segundo as investigações, o grupo chinês residia na região central de São Paulo e aliciava brasileiros para participar do esquema.
As vítimas entravam em grupos de mensagem liderados por um suposto doutor em economia da Universidade de São Paulo (USP), que dava dicas de investimentos para os integrantes.
Após adquirir a confiança das vítimas, o "economista" indicava uma plataforma de investimentos intitulada EBDOX.
As vítimas eram orientadas a aplicar dinheiro na plataforma, com a promessa de que receberiam altos retornos.
No entanto, quando as vítimas solicitavam os saques na plataforma, elas eram informadas sobre um suposto bloqueio dos valores, por parte de uma força tarefa da Polícia Federal.
O grupo dizia que era necessário pagar 5% do valor para liberação dos saques.
Mesmo após esse novo pagamento, os valores não eram liberados e em seguida a plataforma era retirada do ar.
Prejuízo para as vítimas
Itens apreendidos durante operação que mirou grupo chinês que aplicava golpes no Brasil
reprodução
Uma das vítimas, moradora de Taguatinga, teve um prejuízo superior a R$ 220 mil. Além disso, em um site de reclamações há mais de 400 queixas de vítimas da falsa plataforma de investimentos.
Uma das plataformas indicadas para o crime movimentou mais de R$ 1 bilhão durante 2024.
🔎 A investigação apontou ainda que os valores roubados eram lavados através da compra de criptomoedas e de créditos de carbono, e ainda com a exportação de alimentos de Boa Vista (RR) para a Venezuela.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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