O que se sabe sobre o caso do professor universitário que morreu após ser espancado na porta de bar
12/07/2025
(Foto: Reprodução) Vídeo mostra quando professor é atingido por golpes na cabeça e chutes em frente a bar em Goiás. Polícia disse que investigações seguem em curso e espera o laudo cadavérico. Professor universitário Marco Antônio de Oliveira Viu morreu após espancamento, em Goiás
Reprodução/Instagram de Marcos Antônio de Oliveira Viu
O professor da Universidade Federal de Jataí (UFJ), Marco Antônio de Oliveira Viu, de 58 anos, morreu depois de passar dias internado por causa das agressões que sofreu na saída de um bar em Jataí, na região sudoeste de Goiás.
✅ Clique e siga o canal do g1 GO no Instagram
No dia 29 de maio, câmeras de segurança registraram quando o professor foi atingido no peito com uma pedra. Em seguida, um dos quatro agressores se aproxima e pisa na cabeça do professor. Logo depois, os quatro entram no carro e fogem.
O g1 não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
Veja o que se sabe sobre o caso a partir das investigações da Polícia Civil (PC):
Quando e onde aconteceram as agressões
O que motivou o crime
Internação
Investigações
Quem era a vítima
Homenagens a Marco Antônio
1. Quando e onde aconteceram as agressões
De acordo com a polícia, no dia 29 de junho, Marco Antônio estava em um bar da cidade e na saída do estabelecimento foi cercado pelos suspeitos. O professor foi cercado e agredido por quatro pessoas. Além de ser atingido com uma pedra e um tijolo, ele levou chutes na cabeça.
2. O que motivou o crime
O delegado Marlon Souza, que investiga o caso, disse que só um dos quatro suspeitos falou depois da prisão. Segundo ele, um deles teria perdido o celular na porta do bar. Após sair do estabelecimento e sentir falta do aparelho, eles voltaram ao local.
Ao chegar no bar, eles encontraram o professor e iniciaram uma discussão. A polícia não informou se a discussão tem relação com a perda do celular.
Segundo a Polícia Civil, os quatro homens foram presos e não conheciam Marco.
3. Internação
Marco Antônio foi internado no dia das agressões e ficou em coma desde então. Ele sofreu hemorragia cerebral, segundo informou a esposa dele ao g1, Sarah Fernandes.
No início de julho, o professor chegou a sair do estado de coma, mas voltou a piorar. Marco morreu na noite de segunda-feira (7), no Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital.
Professor agredido em frente a bar morre, em Jataí
4. Investigações
Na sexta-feira (11), o delegado confirmou ao g1 que não há novos dados sobre a investigação que pudessem ser divulgados.
No entanto, informou que os quatro suspeitos permanecem presos. Com a morte do professor, o delegado informou que eles devem responder por homicídio consumado com as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
LEIA TAMBÉM:
Professor morre após ser espancado com pedra, tijolo e chutes na porta de bar, em Jataí
Doutor em ciência animal e mestre em melhoramento bovino: saiba quem era o professor universitário que morreu após ser espancado
Mulher de professor universitário que morreu após ser espancado desabafa: ‘Não sei como viverei sem você’
5. Quem era a vítima
Marco Antônio de Oliveira Viu, de 58 anos, era professor na Universidade Federal da Jataí (UFJ). Ele tinha mestrado em genética e melhoramento animal pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e doutorado em ciência animal pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Segundo o currículo lattes de Marcos Antônio, atualmente ele era professor associado das disciplinas de reprodução animal e eficiência reprodutiva dos rebanhos na Universidade Federal de Jataí (UFJ). Marcos atuava na área de melhoramento de características reprodutivas, estratégias para aumento da eficiência reprodutiva, andrologia e sistemas de produção de bovinos.
O professor também era conhecido por encontrar um menino autista de 4 anos que desapareceu na zona rural de Jataí. O caso aconteceu em 24 de março de 2025.
A mãe da criança, Ingrid Rodrigues, contou que no dia choveu muito na região e fazia frio. Ingrid explicou que o filho ficou desaparecido das 18h às 2h e outras pessoas também procuraram pelo menino no mesmo lugar em que ele foi encontrado pelo professor.
"Quando me falaram que foi o Marcos [que encontrou] e a dimensão que tudo que aconteceu, era um propósito de Deus. Infelizmente, foi a última missão dele aqui na Terra. Agradeço demais ele imensamente", relatou a mãe.
Professor de universidade federal morto após ser espancado ficou conhecido por ajudar a encontrar criança desaparecida
Arquivo Pessoal/ Ingrid Rodrigues e Reprodução/Instagram de Marcos Antônio de Oliveira Viu
6. Homenagens a Marco Antônio
A médica veterinária Sarah Fernandes, esposa do professor, desabafou nas redes sociais sobre o luto que tem vivido. “Você era bom demais para estar nessa Terra! Você foi atrás do Sol. Por favor, me ilumine daí! Eu não sei como viverei sem você, sem sua alegria...”, escreveu em uma postagem.
Também pelas redes sociais, alunos e colegas lamentaram a morte do professor. Na postagem feita pela UFJ, várias mensagens falam sobre o legado de Marco Antônio como professor e amigo. Palavras que mostram o sentimento de tristeza deixado pela perda e ajudam a entender o trabalho deixado por ele.
✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp
Um seguidor lembrou da paixão que professor tinha pelo trabalho e desejou consolo aos familiares de Marco Antônio.
"Um grande se humano e um professor apaixonado pelo que fazia. Guardo as boas memórias do curto espaço de convivência que tivemos. Deus dê a ele o descanso eterno e a seus familiares o consolo", escreveu um seguidor.
"Um ser humano fora de série, um grande profissional e grandíssimo amigo! Todos nós perdemos um pouco hoje, seja como comunidade acadêmica, que teve a honra de conhecê-lo, como pessoas, que perdemos do convívio um homem honrado. Descanse em paz professor, seu legado não será esquecido", disse outro seguidor.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.