PM que matou ex-companheira policial já havia atirado em objetos da casa em brigas anteriores, diz mãe

  • 04/12/2025
(Foto: Reprodução)
Mãe de soldado morta pelo ex-companheiro, também policial, revela histórico de violências. Fabíola Paiva, mãe da soldado Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, afirmou que a filha viveu quatro anos de relacionamento abusivo e violento com o também soldado Joaquim Filho. Larissa morreu nesta quarta-feira (3), após ser baleada por ele durante uma briga no Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza. Segundo Fabíola, Joaquim já havia demonstrado comportamentos violentos, como atirar em uma garrafa de Larissa, no sofá e no chão da casa dela. “Ela conheceu ele no curso de formação da Polícia e, nessa época, ele já agrediu ela, deu um tiro na garrafa dela por conta que ela estava falando com outro colega de trabalho”, disse Fabíola em entrevista à TV Verdes Mares. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp “De lá pra cá, foi só isso. Foi tiro no sofá, ele já rasgou o colchão dela todinho de faca. Tem tiro no chão da casa dela, a porta do apartamento dela está toda quebrada do trinco até o teto que ele arrombou para poder entrar”, reforçou a mãe. Larissa relatou a uma amiga uma agressão sofrida por Joaquim. A mãe também comentou esse caso. “A última coisa que eu soube foi dessas coronhadas, que ele bateu nela só de coronhada. Ele só faltou matar ela. Foi quando eu disse que ia denunciar [...] Ele já quebrou o dente dela”, disse Fabíola. LEIA TAMBÉM: Policial militar morre após troca de tiros com o marido, também policial, no Ceará Policial militar morta no Ceará após trocar tiros com o marido foi atingida no abdome e no tórax Policial morta em discussão com companheiro militar havia relatado agressão anterior: 'Várias coronhadas' O casal discutiu nesta quarta-feira dentro de um carro e ambos sacaram armas de fogo. Cada um atirou contra o outro. Larissa foi atingida no abdômen e no tórax e não resistiu. Joaquim foi lesionado, sobreviveu e está hospitalizado sob escolta policial. Fabíola contou que, durante o relacionamento, Joaquim chegou a ameaçá-la também. “Eu liguei para ela desesperada, dizendo que ia denunciar [após as coronhadas]. Foram quatro anos de muito sofrimento na mão dele, e ela não conseguia se livrar”, lamentou a mãe da soldado. “Da última vez, dessas coronhadas, eu disse que ia denunciar, ele bateu foto do meu apartamento, disse que, se eu denunciasse, ele sabia onde eu morava”, revelou Fabíola. Relato para amiga Policial morta durante discussão do companheiro havia relatado agressão para amiga Larissa Gomes havia relatado para uma amiga uma agressão anterior que sofreu por parte de Joaquim (ouça o áudio acima). Quando a agressão aconteceu, Larissa e Joaquim já estavam separados, mas ensaiavam uma reconciliação. De acordo com o relato da vítima, essa reconciliação estava difícil porque Joaquim descobriu que ela havia ficado com outra pessoa enquanto ele também estava em outro relacionamento. "Na hora que ele descobriu, ele deu um tapa na minha cara. Eu pensei: ‘é agora que eu vou morrer’. Eu sabia que ele era descontrolado e na hora que descobrisse um negócio desse. Inclusive amiga, eu não estava nem com ele. Como é que ele é doido desse jeito?", disse Larissa. A policial havia relatado a agressão também em mensagens enviadas antes de morrer, durante a discussão que terminou com o disparo. "Essa parte aí do meu cabelo está funda. Pegou coronhada aqui no meu rosto e na minha cabeça. Foram várias coronhadas, não sei exatamente onde pegou. Uma abriu lecho [corte], que sangrou. A outra afundou a parte da minha cabeça, por isso que até hoje está inchado", afirmou Larissa Gomes em uma mensagem para a amiga. Policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, que morreu após ser baleada pelo companheiro militar, havia relatado agressão anterior do homem para a amiga. Arquivo pessoal Ainda segundo a mulher, no dia da agressão, ela havia concordado em sair com o ex para comprar cerveja. Porém, no caminho, uma motocicleta "encostou" no carro do soldado. Quando o militar reclamou, a passageira da moto mostrou o dedo para ele, despertando a raiva do agente, que tentou pegar uma arma que estava no automóvel. "Se estivesse em um dia comum, um dia normal, eu não teria me metido, mas a gente já estava brigando há muitos dias. Eu pensei: ‘para ele explodir aqui, vai ser em dois tempos’. Peguei a arma e escondi nas minhas pernas'. Ele gritando: ‘me dá a arma, me dá a arma’. Eu disse: ‘não vou te dar’. Olhei para o casal e mandei ir embora", relatou a mulher. Por conta do ato de Larissa, Joaquim obrigou a ex a fazer um Pix de R$ 1.000 para ele, para cobrir o prejuízo que ele alegou ter tido. Após fazer a transferência, Larissa continuou sendo questionada pelo soldado e acabou sendo agredida por ele. "Ele começou a gritar 'por que eu fiz isso' [ deixar o casal ir embora]. Aí eu disse: ‘eu fiz porque tu é um louco, um descontrolado’. Na hora que falei isso, ele começou a dar coronhada na minha cabeça. Eu olhei para ele, uma cena tão horrível, ele tacando coronhada na minha cabeça, o sangue começou a escorrer", afirmou no áudio. Após a agressão, Joaquim levou Larissa para o apartamento dele e fez promessas de que não iria mais a agredir. Larissa não denunciou a agressão do militar a polícia, mas fez fotos e enviou áudios para a amiga, informando que tinha guardado o conteúdo como prova. Versão do agente sobre morte da companheira A policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, morreu após trocar tiros com o companheiro, o soldado Joaquim Filho, durante uma discussão no Eusébio. Arquivo pessoal Joaquim relatou para a polícia que ele e Larissa trocaram tiros e balearam um ao outro durante uma discussão. Larissa foi baleada no abdômen e no tórax. Já Joaquim levou um tiro na perna. O casal foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Eusébio, onde foi constatada a morte da policial. O agente baleado, que não estava de serviço no momento do ocorrido, foi transferido para o Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza. Ele permanece internado sob escolta policial. O quadro de saúde dele é estável. Segundo a Polícia Militar, as armas usadas pelo casal de soldados pertencem à corporação e foram apreendidas no local do fato. "As duas armas da corporação, apreendidas na cena do fato, assim como demais informações colhidas na ocorrência, serão apresentadas à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina", disse a Polícia Militar. O g1 questionou a PM se a morte de Larissa é investigada como feminicídio ou homicídio culposo, quando não há intenção de matar. No entanto, a corporação não respondeu ao questionamento e informou apenas que a "agente foi vítima de um lesão após uma possível discussão conjugal". Vítima deixa três filhos A policial Larissa Gomes, que morreu durante uma discussão com o companheiro também militar, deixa três filhos pequenos. Arquivo pessoal Larissa Gomes ingressou na Polícia Militar do Ceará em 22 de junho de 2022 e atualmente estava lotada na 1ª Companhia do 15º Batalhão. Ela deixa três filhos pequenos, de um relacionamento anterior. Em nota, a corporação divulgou uma nota de pesar se solidarizando com os familiares e amigos da agente. “A SD Larissa era um exemplo para o 15° Batalhão. Mãe de três filhos, sonhadora, dedicada, assídua, companheira e camarada. Excelente profissional que tínhamos aqui. Que Deus possa recebê-la da melhor forma”, disse o subcomandante do 15° Batalhão, capitão Felipe Amorim. Soldado é morta por ex-companheiro, também policial, no Eusébio, na Grande Fortaleza. Larissa relatou para a amiga que o companheiro a agrediu no carro, com uma pistola que ele levava no veículo. Arquivo pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/12/04/pm-que-matou-ex-companheira-policial-ja-havia-atirado-em-objetos-da-casa-em-brigas-anteriores-diz-mae.ghtml


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