Polícia encontrou R$ 14 milhões em dinheiro na casa de suspeito que pagava contas de prefeito suspeito de corrupção; veja o caso
14/08/2025
(Foto: Reprodução) Justiça afasta e manda colocar tornozeleira eletrônica no prefeito de São Bernardo do Campo
O Tribunal de Justiça de São Paulo afastou o prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Marcelo Lima (Podemos) é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro.
Policiais federais usaram uma máquina para contar quase R$ 2 milhões de um empresário, preso em flagrante na Operação Estafeta. A polícia diz que o prefeito Marcelo Lima (Podemos) recebia a maior parte da propina, paga por empresários com contratos com a administração municipal.
A Justiça afastou Marcelo Lima por um ano, determinou que ele não deixe a cidade sem autorização e use tornozeleira eletrônica. Afastou também Danilo Lima (Podemos), presidente da Câmara e primo do prefeito, e Ari José de Oliveira (PRTB), suplente de vereador.
Também determinou a prisão de Antonio Rene da Silva, diretor da Secretaria de Coordenação Governamental da cidade.
A investigação começou em julho, depois que a Polícia Federal encontrou R$ 14 milhões no apartamento do assessor parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo, Paulo Iran Paulino da Costa, que está foragido.
A investigação começou em julho, depois que a Polícia Federal encontrou R$ 14 milhões no apartamento do assessor parlamentar Paulo Iran Paulino da Costa, que está foragido.
Jornal Nacional
Paulo Iran é suspeito de pagar contas da família do agora prefeito Marcelo Lima. A Polícia Federal afirma que Paulo Iran e Antonio Rene tinham celulares clandestinos. E para não levantar suspeitas, usavam códigos e apelidos para se referir as pessoas e as empresas que pagavam propina.
A Prefeitura de São Bernardo do Campo declarou que vai colaborar com as investigações. O Podemos afirmou que confia na lisura do prefeito Marcelo Lima. O Jornal Nacional não conseguiu contato com Danilo Lima e com a defesa de Antonio Rene.
O advogado de Paulo Iran disse que vai se manifestar no processo e Ari de Oliveira afirmou que desconhece a investigação sobre ele.