'Se fizer vídeo, vai ficar muito na cara': veja mensagem enviada por integrante do PCC sobre plano para matar autoridades em SP

  • 25/10/2025
(Foto: Reprodução)
Mensagem encaminhada por membro do PCC. Reprodução/ TV Globo Membros da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) trocaram mensagens enquanto monitoraram endereços do coordenador de presídios Roberto Medina e do promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de acordo com uma investigação da Polícia Civil de São Paulo. Ao analisar fotos, vídeos e mensagens armazenadas no celular do suspeito, os investigadores identificaram que os criminosos monitoravam Medina em Presidente Prudente, fotografando a rua onde ele mora e até as placas de carros oficiais estacionados na frente de sua casa. Em uma das mensagens obtidas pela polícia, Vítor Hugo da Silva, um dos investigados, alertava um comparsa sobre a presença de câmeras. "O que acontece, amigo, esses carros aí que eu te mandei, estão todos na frente, se eu tirar foto tá cheio de câmera, estou passando a pé, mano, entendeu? E outra, se eu fizer um vídeo vai ficar muito na cara, tá cheio de câmera." ✅ Clique aqui para se inscrever no canal do g1 SP no WhatsApp Os criminosos também gravaram vídeos detalhando os itinerários do coordenador de presídios, usando mapas e imagens de GPS para indicar caminhos e pontos de referência, como rotatórias no trajeto de ida e volta do trabalho. Durante as investigações, outros membros do PCC foram presos. Welisson Rodrigo, conhecido como Bispo de Almeida, foi detido em uma chácara em Presidente Bernardes, acusado de acompanhar a rotina de Medina a mando da facção. Em setembro, outro integrante foi preso por receber ordens para atacar o promotor Lincoln Gakia. Os criminosos haviam alugado um imóvel a menos de 1 km da residência do promotor e monitoravam seus trajetos com frequência. Segundo o delegado responsável pelo caso, o objetivo inicial dos criminosos era apenas o levantamento da rotina das autoridades, mas o material coletado poderia ser repassado a equipes da região para a execução de atentados. "O que a gente pegou na verdade foi a fase de levantamento de rotina. Eles usam equipes da região que conhecem o terreno para fazer esse levantamento, e isso é repassado para integrantes, que podem preparar um plano de execução com equipe especializada", disse Gakiya. A TV Globo não conseguiu contato com as defesas dos suspeitos citados. Promotor Lincoln Gakiya fala sobre operação que mira plano do PCC para matar autoridades em SP A operação Vídeo mostra como integrantes do PCC traçaram trajeto percorrido por Medina O Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo realizaram na manhã desta sexta-feira (24) uma operação para cumprir 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de planejarem o assassinato do promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador de presídios Roberto Medina. A Justiça determinou ainda a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos suspeitos para que os investigadores possam apurar o envolvimento de mais pessoas no esquema. A polícia afirma que a ordem para atacar Gakiya e Medina partiu do PCC. Os mandados estão distribuídos nas cidades de Presidente Prudente (11), Álvares Machado (6), Martinópolis (2), Pirapozinho (2), Presidente Venceslau (2), Presidente Bernardes (1) e Santo Anastácio (1). 👉 A Polícia Civil diz que, por ora, não vê conexão entre esse plano e o assassinato do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes. No entanto, um detalhe chama a atenção: os bandidos começaram a seguir os passos de Medina e Gakiya em meados de julho, mesma época em que os assassinos do ex-delegado começaram a segui-lo em Praia Grande. Gakyia é uma referência no combate ao crime organizado e se tornou alvo do PCC devido às investigações sobre a facção que liderou. O promotor sofre ameaças constantes e anda com escolta 24 horas por dia. A investigação, conduzida pela Seccional de Presidente Prudente, começou em julho, depois que policiais militares prenderam um homem em flagrante por tráfico de drogas. LEIA TAMBÉM: Promotor jurado de morte pelo PCC diz que, se precisar sair do país após se aposentar, será a 'falência do estado' Levantamento do PCC sobre rotina de promotor e chefe de presídios coincide com presença de carro suspeito na morte de ex-delegado Vídeo de caminho casa-trabalho, moto, campana: como membros do PCC monitoraram rotina de diretor de presídio jurado de morte Operação mira suspeitos de monitorar a rotina de autoridades Divulgação Segundo a polícia, o teor das conversas mantidas por Vitor Hugo e a ligação dele com o PCC mostram que partiu da facção a ordem para matar Gakiya e Medina. A partir da prisão de Vitor Hugo, os investigadores chegaram até outro suspeito, Wellison Rodrigo Bispo de Almeida, o Corinthinha, também integrante do PCC. Wellison foi preso no curso das investigações. Embora resida em Martinópolis, ele tinha alugado uma chácara a 53 quilômetros dali, em Presidente Bernardes. Wellison alegou que estava fugindo de um policial, que o ameaçou de morte. Mas os investigadores afirmam que estava ali a mando do PCC para seguir os passos de Roberto Medina. Os policiais identificaram um terceiro suspeito de envolvimento no plano de atentado contra autoridades. Sérgio Garcia da Silva, o Messi, foi preso no dia 26 de setembro, por tráfico de drogas. Em um celular, encontrado debaixo de um travesseiro, havia conversas que indicavam o envolvimento dele no plano de assassinato de Medina e também do promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Também foram encontrados prints de telas com o trajeto que Gakiya costuma fazer de casa ao trabalho. As investigações revelaram que os suspeitos tinham alugado uma casa a menos de um quilômetro do condomínio onde o promotor mora. Imagens aéreas mostraram que diversas pessoas se reuniam nesta casa, que servia também como ponto de distribuição de drogas. Os investigadores suspeitam que os bandidos pretendiam atacar o promotor no caminho que ele costuma fazer para chegar ao trabalho, em Presidente Prudente. Criminosos alugaram casa próxima à casa de Gakiya Reprodução O promotor de Justiça Lincoln Gakiya e do coordenador de presídios Roberto Medina, da Secretaria de Administração Penitenciária. Montagem/g1/Reprodução/TV Globo Investigação mostra que PCC usava loja infantil pra lavar dinheiro

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/10/25/se-fizer-video-vai-ficar-muito-na-cara-veja-mensagem-enviada-por-integrante-do-pcc-sobre-plano-para-matar-autoridades-em-sp.ghtml


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