Soldado que matou companheira também policial é afastado da corporação, no Ceará

  • 18/12/2025
(Foto: Reprodução)
Policial é preso por matar a companheira também militar no Eusébio O soldado Joaquim Gomes de Melo Filho vai ficar 120 dias afastado da Polícia Militar. Ele é investigado pelo crime de feminícidio após ser preso suspeito de matar a companheira, a também soldado Larissa Gomes. O caso aconteceu no Eusébio, na região metropolitana de Fortaleza, no dia 3 de novembro. A decisão é do dia 9 de dezembro, mas foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta terça-feira (16) — data em que começa a valer o afastamento. "[...]posto que os fatos que lhes são imputados, em tese, revestem-se de acentuado grau de reprovabilidade, sendo incompatíveis com a função pública, além de ser necessário à garantia da ordem pública e à correta aplicação da sanção disciplinar", disse Vicente Alfeu Teixeira Mendes, controlador-geral de disciplina dos órgãos de segurança pública e sistema penitenciário do Ceará. Dois dias depois da discussão, Joaquim teve a prisão convertida de flagrante para preventiva após audiência de custódia. Em nota, o Tribunal de Justiça informou que a audiência de custódia foi realizada pelo 7º Núcleo Regional de Custódia e das Garantias, com sede em Maracanaú. Na ocasião, também foi determinado segredo de justiça para a tramitação do processo, conforme o TJCE. ✅ Clique e siga o canal do g1 Ceará no WhatsApp Joaquim também foi atingido por um disparo durante a discussão. O tiro teria partido da arma de Larissa. LEIA TAMBÉM: Policial morta a tiro pelo companheiro no Ceará entrou na PM após irmã ser vítima de feminicídio PM que matou ex-companheira policial já havia atirado em objetos da casa em brigas anteriores, diz mãe Policiais invadiram residência e violaram quarto de policial morta por companheiro também militar Conforme a Polícia Militar, Joaquim foi apresentado, após receber alta, à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina, onde foi autuado por dois crimes. "A autuação ocorreu pelos crimes de feminicídio, combinado com crime militar, tendo em vista que a conduta foi praticada por militar da ativa contra outra militar da ativa. Após os procedimentos cabíveis, ele foi transferido para o Presídio Militar, no qual permanece recolhido e à disposição da Justiça", disse a corporação. Histórico de agressões Policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, que morreu após ser baleada pelo companheiro militar, havia relatado agressão anterior do homem para a amiga. Arquivo pessoal Larissa e Joaquim se conheceram durante o curso de formação da PM. Eles estavam juntos há quatro anos. O relacionamento do casal de policiais era marcado por agressões do militar contra a companheira, segundo familiares e amigos. A jovem deixou três filhos pequenos, de um relacionamento anterior. Ela era descrita pelos colegas de farda e familiares como uma pessoa "sonhadora, dedicada e assídua". Conforme Fabíola Paiva, mãe de Larissa, desde o início do relacionamento Joaquim agredia a companheira. "Ele já deu tiro na garrafa dela, por ela está conversando com um colega de trabalho. De lá para cá, foi só isso. Foi tiro no sofá, já rasgou o colchão dela todinho de faca, tem tiro no chão da casa dela, a porta do apartamento tá toda quebrada, até o dente dela ele já quebrou", afirmou a mãe da vítima. Em uma das agressões, Larissa foi atingida com coronhadas na cabeça. Após o episódio, ela fez fotos dos ferimentos e mandou áudios para uma amiga relatando o ocorrido. Além de agredir Larissa, Joaquim a impedia de ter contato com amigos e com os filhos dela, de um relacionamento anterior, que moram com a mãe da agente. "Ele sempre foi agressivo. Afastou ela dos amigos, dos filhos dela. Ela só andava na minha mãe e na minha casa para ver os filhos dela quando não estava com ele, porque quando ela estava com ele, ele não deixava ela vim. Foram quatro anos de muito sofrimento que a minha filha passou na mão dele", disse Fabíola. A mãe da policial também relatou que quando tomou conhecimento das agressões tentou denunciar o genro, mas foi ameaçada por ele. "Da última vez, que foi dessas coronhadas, eu disse que iria denunciar. Aí ele foi lá, bateu a foto do meu apartamento e disse que se eu denunciasse ele sabia onde eu morava", relatou a mãe de Larissa. Versão do agente sobre morte da companheira A policial Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, morreu após trocar tiros com o companheiro, o soldado Joaquim Filho, durante uma discussão no Eusébio. Arquivo pessoal Joaquim relatou para a polícia que ele e Larissa trocaram tiros e balearam uma ao outro durante uma discussão na tarde desta quarta-feira (3), na cidade do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza. Larissa foi baleada no abdômen e no tórax. Já Joaquim levou um tiro na perna. O casal foi socorrido e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Eusébio, onde foi constatada a morte da policial. Segundo a Polícia Militar, as armas usadas pelo casal de soldados pertencem à corporação e foram apreendidas no local do crime. "As duas armas da corporação, apreendidas na cena do fato, assim como demais informações colhidas na ocorrência, serão apresentadas à Coordenadoria de Polícia Judiciária Militar e Disciplina", disse a Polícia Militar. Larissa Gomes da Silva, de 26 anos, era soldada da Polícia Militar do Ceará desde 2022 e mãe de três crianças. Arquivo pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará:

FONTE: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2025/12/18/soldado-que-matou-companheira-tambem-policial-e-afastado-da-corporacao-no-ceara.ghtml


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