Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato

  • 13/10/2025
(Foto: Reprodução)
Donald Trump usou a arte de negociar para conseguir o cessar-fogo em Gaza Donald Trump buscou um acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato. Com o passar dos meses, tanto os terroristas do Hamas como o governo israelense não davam sinais de que o cessar-fogo seria possível num futuro próximo. Até que tudo mudou. Um vídeo gerado por inteligência artificial. Gaza transformada em um grande resort de luxo, com uma estátua gigante do presidente americano. Foi ele mesmo quem postou o vídeo nas redes sociais no começo de 2025. Uma peça de uma negociação de idas e vindas. Donald Trump ainda era um empresário em ascensão do mercado imobiliário de Nova York quando escreveu “A Arte da Negociação”. No livro publicado em 1987, ele aconselha: “A pior coisa para se fazer em um acordo é parecer desesperado em fechá-lo. Você tem que convencer o outro cara que é interessante para ele fechar esse acordo”. Ele seguiu sua própria cartilha nos últimos nove meses. Quinze dias depois de assumir o segundo mandato, recebeu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca e afirmou, ao lado dele, que planejava fazer os Estados Unidos tomarem o controle da Faixa de Gaza. Nesse período, segundo Trump, os palestinos deixariam a região. O presidente americano emendou: uma Riviera do Oriente Médio: “Isso poderia ser feito. Poderia ser magnífico”. Riviera é o nome dado a regiões turísticas costeiras. As mais famosas Rivieras - italiana e francesa - ficam no Mar Mediterrâneo. A ideia chocou inclusive aliados americanos no Oriente Médio, como a Jordânia. No fim de fevereiro, Trump afirmou à emissora Fox News que pagaria a Egito e Jordânia bilhões de dólares por ano para que recebessem os palestinos; que não forçaria ninguém a nada - apenas uma recomendação. Logo depois veio o vídeo das redes sociais. Semanas depois, Trump negou mais uma vez que obrigaria os palestinos a saírem de Gaza. Mas naquela mesma semana, agências de notícia tiveram acesso a um plano da Casa Branca para realocar os moradores de Gaza para Somália e Sudão; que o governo sudanês logo rejeitou. Em 31 de agosto, mais um plano a que a imprensa americana teve acesso: pagar para os palestinos deixarem Gaza. Naquela mesma semana, conversas na Casa Branca incluíam personagens como o genro de Donald Trump, Jared Kushner - responsável por costurar acordos entre Israel e países árabes em 2020 - e o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O bombardeio de Israel a um bairro residencial de Doha, capital do Catar, foi a gota d’água para que Trump mudasse a postura diante do conflito. Foi o que contou o negociador Gershon Baskim, que tem um canal direto de negociação com o grupo terrorista Hamas. Ele assessorou o governo americano para montar o acordo. Em entrevista à correspondente Carolina Cimenti, no Fantástico, Baskim garantiu que o ataque forçou Trump a perceber que, atualmente, os interesses americanos na região são muito mais fortes no Golfo Pérsico do que em Israel: “Trump não vai abandonar Israel, mas ali ele entendeu que a guerra tinha que acabar”. Vinte dias depois do ataque a Doha, o presidente americano recebeu Netanyahu na Casa Branca e forçou o premiê israelense a aceitar o acordo. E foi além: obrigou ele a ligar para o governo do Catar e pedir desculpas pelo ataque. Nesse mesmo dia, a Casa Branca divulgou o anúncio: “O plano abrangente para o fim do conflito em Gaza”, com 20 pontos. O plano não fala em retirada dos palestinos, como Trump disse inicialmente, e desmentiu mais de uma vez ao longo do ano. Pelo contrário: diz que encoraja as pessoas a ficarem e que oferece a elas a oportunidade de construir uma Gaza melhor. Nem determina a tomada do controle de Gaza pelos americanos. Mas estabelece que Trump comandará um conselho para supervisionar um novo governo em Gaza - formado por palestinos, sem o grupo terrorista Hamas. Trump teve sucesso ao fechar o plano de paz para Gaza seguindo o próprio conselho: fez o mundo acreditar que o que queria era o inimaginável: transformar Gaza em um resort. Na negociação, deu a impressão que recuou da ideia polêmica. Sem demonstrar desespero, esperou para conversar com líderes do Oriente Médio e convenceu até o grupo terrorista Hamas de que o melhor para eles era aceitar o acordo. “Não há outro país no mundo que ame Trump mais do que os israelenses neste momento, e Trump ama isso”, lembrou Baskim. Depois de uma primeira fase bem-sucedida, o desafio do presidente americano será demonstrar que Gaza tem uma paz duradoura. Porque um outro trecho do livro de Donald Trump diz o seguinte: “Você pode criar empolgação, mas se não entregar o que promete, as pessoas vão perceber”. Trump, o negociador: presidente dos EUA buscou acordo de paz em Gaza desde o início do segundo mandato Reprodução/TV Globo LEIA TAMBÉM Sem Israel nem Hamas, líderes mundiais assinam acordo de cessar-fogo em Gaza; 'Conseguimos fazer o impossível', diz Trump 'Fim da era do terror', diz Trump no Parlamento de Israel após libertação de reféns em Gaza Até o presidente da Fifa: autoridades mundiais fazem fila para tirar foto com Trump, que sorri com todos — menos com Macron Sandra Cohen: Trump se consolida como o cabo eleitoral mais popular de Israel

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/13/trump-o-negociador-presidente-dos-eua-buscou-acordo-de-paz-em-gaza-desde-o-inicio-do-segundo-mandato.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Top 5

top1
1. SAUDADE DE QUEM EU SOU

Henrique e Juliano

top2
2. Veneno

Murilo Huff e Zé Neto & Cristiano

top3
3. EU SEM VOCÊ

SILVANNO SALLES

top4
4. A NOITE

Natanzinho Lima e ​⁠‪Gusttavo Lima

top5
5. Carona

Matheus & Kauan

Anunciantes