Um ano após execução de delator do PCC, mandantes foram protegidos pelo Comando Vermelho; drone flagrou 'olheiro' em comunidade do Rio

  • 07/11/2025
(Foto: Reprodução)
Policiais monitoram no Rio acusado de mandar matar Gritzbach Pelo menos dois acusados pela execução do corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach, que ficou popularmente conhecido como "delator do PCC", foram monitorados nos últimos meses pela Polícia Civil de São Paulo em comunidades do Rio de Janeiro, e foragidos foram protegidos pelo alto escalão do Comando Vermelho (CV). A execução no aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP), completa um ano neste sábado (8). Imagens que constam na investigação do acompanhamento dos foragidos, obtidas com exclusividade pela GloboNews, mostram Kauê Amaral - apontado como olheiro que indicou a saída do alvo do saguão do desembarque – em uma casa na Vila Cruzeiro, que fica no Complexo da Penha. (veja acima) Ele foi gravado mais de uma vez por drones, em uma laje com piscina. Em alguns momentos, estava sem camiseta e fazendo refeições. Do lado de fora, os policiais que monitoraram por drones a movimentação relataram a presença ostensiva de homens armados em uma escada que dava acesso ao imóvel, pontos de venda de drogas e diversas barricadas. Vídeos mostram momento em que empresário jurado de morte pelo PCC é executado a tiros no Aeroporto Internacional de SP; outros 3 ficaram feridos As imagens indicam que uma possível incursão para a captura do olheiro era perigosa e arriscada, já que a rua estreita impedia a entrada de carros blindados.Emílio Carlos Gongorra, o “Cigarreira” - apontado como traficante e mandante do crime – também está foragido e, segundo a polícia paulista, foi protegido pelo CV na mesma região desde a véspera da execução, quando fretou um avião particular de Jundiaí (SP) até a cidade do Rio. Dois drones da Polícia Civil de São Paulo foram abatidos por criminosos durante o trabalho de investigação no estado do Rio. “Cigarreira” e Kauê se abrigam na comunidade que foi alvo de uma mega operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro na semana passada, que tinha como alvos traficantes e chefes da facção carioca. O paradeiro de “Cigarreira” e de Kauê é incerto, assim como o do outro homem apontado como mandante do assassinato - Diego Amaral, o “Didi”. Nenhum dos dois constituiu advogado no processo ao qual respondem pelo assassinato. A reportagem também não localizou a defesa para se manifestar. Como o caso Gritzbach escancarou o envolvimento de 27 policiais de SP com o PCC e CV; veja quem são Kauê era monitorado Reprodução Assassinato no maior aeroporto do país Antônio Vinicius Gritzbach retornava de uma viagem de Maceió (AL) e trazia na mala milhares de reais em joias – que seriam parte do pagamento de uma dívida. Ele foi morto a tiros de fuzil ao deixar o saguão do terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo na tarde do dia 8 de novembro de 2024. Além dele, um motorista de aplicativo que estava à espera de um passageiro foi atingido e morreu. Outras duas pessoas se feriram após os disparos. A ação cinematográfica, à luz do dia, no maior aeroporto da América do Sul, não se restringiu aos crimes de homicídios. Nos últimos 12 meses, a Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar, Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo (MP-SP) avançaram em diferentes frentes. Policiais civis e militares foram presos e os executores do crime identificados, mas os mandantes e o “olheiro” que indicou o desembarque seguem foragidos. Ao longo do último ano, o "caso Gritzbach” também trouxe a público ainda mais detalhes de esquemas estruturados de corrupção policial e extorsão, a sofisticação da lavagem de dinheiro por meio da construção civil e fintechs para o PCC, operações bilionárias envolvendo agentes públicos e como essa engrenagem permitiu a expansão nacional e transnacional da maior facção criminosa do Brasil. Envolvidos diretos na execução e motivação Em março deste ano, a Polícia Civil de São Paulo concluiu a investigação sobre o assassinato. Segundo o inquérito, o crime foi motivado por vingança pela morte de Anselmo Santa Fausta, o "Cara Preta", um traficante do PCC que comandava o tráfico na Zona Leste de São Paulo. Seis pessoas foram indiciadas por homicídio com cinco agravantes: três PMs que já estão presos e outros três homens que estão foragidos, incluindo os dois apontados como os mandantes. O relatório final tem 486 páginas e lista provas colhidas em quatro meses de investigação. Os PMs são apontados como executores do crime, ocorrido em novembro de 2024. O crime e a repercussão Pouco antes das 16h do dia 8 de novembro de 2024, o corretor de imóveis Antonio Vinicius Gritzbach pousou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Minutos depois, ele deixa o saguão de voos domésticos ao lado da namorada e de um dos seguranças, caminha alguns metros e ao pisar na segunda calçada, é fuzilado. Gritzbach, que ficou popularmente conhecido como "delator do PCC", retornava de uma viagem de Maceió (AL) e trazia na mala milhares de reais em joias – que seriam parte do pagamento de uma dívida. Além dele, um motorista de aplicativo que estava à espera de um passageiro foi atingido e morreu. Outras duas pessoas se feriram após os disparos de fuzis. A ação cinematográfica, à luz do dia, no maior aeroporto da América do Sul, não se restringiu aos crimes de homicídios. Nos últimos 12 meses, a Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar, Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo (MP-SP) avançaram em diferentes frentes. Policiais civis e militares foram presos e os executores do crime identificados, mas os mandantes e o “olheiro” que indicou o desembarque seguem foragidos. Ao longo do último ano, o "caso Gritzbach” também trouxe a público ainda mais detalhes de esquemas estruturados de corrupção policial e extorsão, a sofisticação da lavagem de dinheiro por meio da construção civil e fintechs para o PCC, operações bilionárias envolvendo agentes públicos e como essa engrenagem permitiu a expansão nacional e transnacional da maior facção criminosa do Brasil. Um quadro montado na sala de justiça do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) usa fotos de investigados, informações e documentos para ajudar os policiais a relacionar ou descartar outros suspeitos de envolvimento no crime. Quadro com as conexões ligadas à execução de Gtizbach Arquivo pessoal

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/11/07/um-ano-apos-execucao-de-delator-do-pcc-mandantes-foram-protegidos-pelo-comando-vermelho-drone-flagrou-olheiro-em-comunidade-do-rio.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

Top 5

top1
1. SAUDADE DE QUEM EU SOU

Henrique e Juliano

top2
2. Veneno

Murilo Huff e Zé Neto & Cristiano

top3
3. EU SEM VOCÊ

SILVANNO SALLES

top4
4. A NOITE

Natanzinho Lima e ​⁠‪Gusttavo Lima

top5
5. Carona

Matheus & Kauan

Anunciantes